Cacareco Edições - Loja virtual: Já está disponível "Entre a Cama e o Altar", de Julio Dias e Júlio Simões...: Para esta coletânea de poemas, os poetas Júlio Dias (Carpina - PE) e Julio Simões (Juiz de Fora - MG) reuniram e compuseram peças que delineam a continuidade entre o amor erótico e o amor divino. Na melhor tradição mística e seguindo o modelo do "Cântico dos cânticos", do "Bhagavad-Gita" e de muitos autores da mística Sufi, o resultado é um deleite ousado nos braços carinhosos do Amado e da Amante, a quem comumente nos referimos como "Deus".
terça-feira, 14 de outubro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Crianças e[m] Filmes de Terror
Se a criança é sinal
e símbolo de pureza e inocência, é perturbador imaginar que uma criança possa
ser má. Esse tipo de perturbação já foi inclusive explorado em alguns filmes do
gênero de terror, como, citando os clássicos desse gênero, os filmes da série Colheita Maldita (Children of Corn, o primeiro filme da série é de 1984), e Quién puede matar a un niño? (1976), e
mais recentemente The Children (2008). Muchembled, na sua Uma
História do Diabo (2001, p. 367-380), faz uma longa lista de filmes do “Cinema
do Diabo”. Na introdução de seu livro, onde discute o seu próprio procedimento
de pesquisa, afirma que “A cultura é um tecido riquíssimo, que precisamos examinar
com a máxima atenção em todos os seus fios. (...) Lugar de destaque foi dado à
sétima arte, reservatório imenso de formas e oficina permanente, em que se vêem
incessantemente retocadas as tramas de nossas crenças” (MUCHEMBLED, 2001, p.
10, nota da p. 11)
O
último[1],
de Tom Shankland, teve repercussão menor, é nossa opinião pessoal, do que merecia
sua direção e roteiro; nele, ambientado em uma fazenda onde familiares se
reúnem para o Natal, as crianças se reúnem sem motivo aparente objetivando eliminar
todos adultos. Com o decorrer do filme sugere-se de que se trata de uma espécie
de epidemia que na cena final parece ter dimensões mundiais.
Boa
repercussão teve o filme Colheita Maldita[2]
(1984), do diretor Fritz Kiersch, gerando continuações. Com certeza esse é o mais popular filme do
subgênero “terror com crianças”. Inspirado num conto de Stephen King, autor e
que é recorrente relacionar religião e terror, nesse filme, liderados por um
garoto pregador chamado Isaac, meninos e meninas praticam um culto no milharal
e chacinam os adultos da pequenina cidade de Gatlin, no Nebraska. A violência
das crianças explica-se, portanto, pelo fanatismo religioso.
No
entanto, provavelmente o mais aterrador filme desses até aqui citados seja Quién puede matar a un niño? (1976), do diretor
Ibañez Serrador. Possivelmente
inspirado em Alfred Hitchcock[3],
Serrador cria uma atmosfera bastante sombria nesse filme valendo-se do
constante silêncio e do olhar fixo dos grupos de crianças[4]
sobre o casal de turistas, Tom e Evelyn, que chega a ilha para
aproveitar as férias. O casal termina encurralado e atrozmente trucidado pelas
crianças. O título parece sugerir que a grande arma das crianças seja
justamente seus rostos angelicais que desencoraja qualquer reação ou desconfiança
dos adultos.
Também tem sido explorado pela sétima arte a figura
da “criança diabólica”. Como no filme Caso
39 (Case 39, 2009), de Christian Alvart, em que uma assistente social
decide adotar a menina Lilith, de dez anos, após os pais perderem a guarda
acusados de maus tratos. No decorrer do filme a menina revela-se não humana, um
demônio. Clássicos que exploraram essa imagem são A Profecia (The Omen, 1976), de Richard Donner, e O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby,
1968). Ambos nutrem-se do imaginário de que o Diabo queira ter um fiho sobre a
terra.
O mais aclamado filme de terror, O Exorcista (1973),
que baseado no livro de William Peter Blatty, a produção dirigida por William
Friedkin conta a história de Regan (vivida por Linda Blair), uma menina que de
um dia para o outro acaba sendo possuída por um demônio. Em O Exorcista,
vemos a angústia de uma mãe ao ver sua filha passar por vários exames sem que
nenhuma doença seja diagnosticada. A conclusão a que ela chega, no contexto do
filme, parece óbvia: é uma possessão. Uma grande angústia do doente é não saber
o seu diagnóstico, não saber contra o que luta. É necessário ‘dar um nome aos
bois’. Na impossibilidade de se aceitar que a criança seja má, afirma-se que
ela está “possessa”.
Para
Luther Link, professor da Universidade de Aoyama Gakuin, em Tóquio, autor de
"O Diabo - a máscara sem rosto", em reportagem a João Ximenes Braga:
"O diabo é
presente agora pela mesma razão que o foi por séculos. Explicar o mal, casos
como o de uma criança que mata outra, é uma dor de cabeça que ninguém quer.
Talvez falar que o criminoso teve uma infância difícil seja uma resposta mais
comum hoje, mas para a Igreja e todos nós, o diabo ainda é a explicação mais
fácil." (BRAGA, 2001, p. 3).
Assim,
na dificuldade de se aceitar que uma criança seja má, explica-se que, na verdade,
o mal está nela.
[1] Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4bR1JYtsY-0
Acesso em 05/09/14.
[2] Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vwgKyXP58_w
Acesso em 05/09/14.
[3] O filme faz lembrar Os Pássaros (1963), no qual criaturas
inofensivas atacam repentinamente e sem explicação.
[4] Em O Albergue (2005), Eli Roth parece aludir a esse filme nos grupos
de crianças que perambulam sempre juntas crianças na cidade eslovaca onde os
protagonistas serão trucidados.
sexta-feira, 14 de março de 2014
pensemos nos leprosos deste mundo
Jesus e São Francisco nos inspiram a nos aproximarmos dos leprosos da nossa sociedade
Evangelho de Marcos
Mt 8.1-4; Lc 5.12-14
1.40 Aproximou-se dele um leproso,* que lhe suplicou, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.
1.41 Jesus, movido por compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse: Quero; fica purificado.
1.42 Imediatamente a lepra desapareceu, e ele ficou purificado.
1.43 E, advertindo-o severamente, Jesus logo o mandou embora,
1.44 dizendo-lhe: Olha, não digas nada a ninguém. Mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.
1.45 Ele, porém, saindo dali, começou a tornar público o que havia ocorrido e a divulgá-lo por toda parte. Desse modo, Jesus já não podia entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. Mesmo assim, as pessoas iam até ele, vindas de todos os lugares.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: MENINO DEUS
CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: MENINO DEUS: Quando pequeno, na época de Natal, visitava a casa de uma tia e me sentava sempre para observar o presépio montado na sala, rico em detal...
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