quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Algumas citações sobre tolerância






"A tolerância torna a diferença possível,; a diferença torna a tolerância necessária" Miachael Walzer, Da Tolerância . . . .

"Hoje podemos ter uma certeza teológica: que o verdadeiro Deus jamais autorizou guerras" Inácio Strieder, O Exercício da Tolerância] . . . .

"para ser tolerante é preciso fixar os limites do intolerável" Inácio Strieder, Os limites do Intolerável . . . .




E A Prece pela Tolerância de Voltaire:

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: A IGREJA QUE ESTÁ EM TUA CASA

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: A IGREJA QUE ESTÁ EM TUA CASA: Aracaju amanheceu com chuva. Incômodo para os que pretendiam ir para praia. Sigo para casa de Dona Josefa da Costa, Dona Nitinha, como é c...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: O DIABO SOLTO NA TELA

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: O DIABO SOLTO NA TELA: Podemos dizer que o diabo é mesmo uma figura bem popular, aparecendo em filmes de grande bilheteria e sucesso, como foi o caso do filme “O Exorcismo de Emily Rose” (2005), “O Exorcista – o início” (2004) e “O Ritual” (2011), para citar os sucessos cinematográficos relativamente recentes. Podemos mesmo concordar dizendo que O diabo é pop, título que João Ximenes Braga deu a uma de suas reportagens no jornal O Globo (3/1/2001). Aliás, se concordarmos com Raul Seixas “enquanto Freud explica as coisas/ o Diabo fica dando uns toques/ o Diabo é o pai do rock” (Rock do Diabo). Já Zeca Baleiro canta: “O cara mais underground que eu conheço é o Diabo” (Heavy Metal do Senhor). O primeiro filme onde o personagem apareceu foi O Castelo do Diabo (Le Manoir Du Diable), de 1896, de Georges Mélies. Muchembled, na sua Uma História do Diabo (2001, p. 367-380), faz uma longa lista de filmes do “Cinema do Diabo”. Na introdução de seu livro, onde discute o seu próprio procedimento de pesquisa, afirma: “A cultura é um tecido riquíssimo, que precisamos examinar com a máxima atenção em todos os seus fios. (...) Lugar de destaque foi dado à sétima arte, reservatório imenso de formas e oficina permanente, em que se vêem incessantemente retocadas as tramas de nossas crenças” (MUCHEMBLED, 2001, p. 10, nota da p. 11). Interessante que enquanto no primeiro milênio “a arte quase não lhe dava espaço” (ibid., p. 19), hoje o demônio seja representado tantas vezes nas telas. (Sobre o demônio na literatura e pintura, Ribeiro Júnior no livro A Face Humana do Diabo (1997, p. 66-70) lista algumas obras). Mas qual é a razão pela qual uma figura tão antiga está tão presente em nossos dias? No filme “O Advogado do Diabo” (1997), o personagem interpretado por Al Pacino afirma: “O século XX foi todo meu”. Para Luther Link, professor da Universidade de Aoyama Gakuin, em Tóquio, autor de "O Diabo - a máscara sem rosto" (citado na reportagem à epígrafe): "O diabo é presente agora pela mesma razão que o foi por séculos. Explicar o mal, casos como o de uma criança que mata outra, é uma dor de cabeça que ninguém quer. Talvez falar que o criminoso teve uma infância difícil seja uma resposta mais comum hoje, mas para a Igreja e todos nós, o diabo ainda é a explicação mais fácil." (BRAGA, 2001, p. 3). A teologia liberal negou ao diabo qualquer prestígio, encarando-o como uma mera forma de falar, uma metáfora. Num dos filmes da série Hellraiser (Hellraiser III – Hellon Earth (1992)), uma das personagens entra na igreja correndo e busca a ajuda do padre dizendo está sendo perseguida por demônios. O padre responde que ela se acalmasse que os demônios são apenas uma metáfora. A essa altura, a igreja é invadida por um vento forte e os vitrais se quebram. Ela responde ao padre: “Explique isso para ele”. Essa cena mostra como, a despeito das posições da igreja e da teologia, as pessoas continuaram a acreditar no Diabo, só que agora estavam órfãos contra ele, pois não podiam contar com a igreja. (Atribui-se a Charles Baudelaire a seguinte frase: “A maior astúcia do Diabo é nos persuadir de que ele não existe”. Mas, como observou o personagem protagonista do filme O Ritual, é difícil quando a falta de provas é a prova de que o Diabo existe). Mas a teologia liberal não conseguiu tirar o diabo de cena! O filme O Ritual (2011), que conta a experiência do padre Michael, mostra um pouco da atitude da Igreja Católica em frente ao crescente número de queixas de atuação demoníaca que lhe chegavam dos seus fiéis: o treinamento de novos exorcistas. O sentimento de muitos é permanecermos vivendo num “mundo tenebroso”. A expressão é do apóstolo Paulo que a utiliza em Efésios 6,12. “Este Mundo Tenebroso” também é título do romance de Frank Peretti. O romance é responsável pela popularização dos conceitos da batalha espiritual: no livro, uma pequena comunidade de cristãos embrenha-se na luta espiritual contra espíritos malignos locais, “dominadores deste mundo tenebroso” que pretendem dominar cidades dos Estados Unidos. Se Hollywood fizesse um filme desse livro, acredito que seria um sucesso cinematográfico! Já no final do filme Exorcismo de Emily Rose, o padre Moore lê a carta deixada por Emily, onde ela afirma que as pessoas não podem duvidar da existência de Deus por ela ter-lhes mostrado o poder do diabo. Adilson Schultz (2005, p. 204), na sua tese Deus Está Presente, O Diabo Está No Meio, considerava que “Deus parece ser anunciado para que o mal seja denunciado”. A lógica dos exorcismos parece ser inversa: denunciar o mal antes de anunciar o bem. Sine diabolo nullus Deus. Fazendo referência a alguns filmes, nota-se como ‘o diabo é pop’. Num desses, O Exorcista, vemos a angústia de uma mãe ao ver sua filha passar por vários exames sem que nenhuma doença seja diagnosticada. A conclusão a que ela chega, no contexto do filme, parece óbvia: é uma possessão. Uma grande angústia do doente é não saber o seu diagnóstico, não saber contra o que luta. É necessário ‘dar um nome aos bois’. Mas o que mais me motiva a escrever essas linhas é ter ido ontem assistir a estreia do filme Instrumentos Mortais – Cidade dos Ossos (trailer acima), dirigido por Harald Zwart e baseado no primeiro livro da série escrita por Cassandra Clare. O filme vale a pena pela ação e pelo triângulo amoroso disfuncional em que a protagonista Clary se vê envolvida com seu sempre-amigo Simon e pelo caçador de sombras Jace Wayland (o Jace também é desejado pelo seu melhor amigo, o caçador Alec, que, no entanto, não consegue assumir sua paixão homossexual). E o filme preenche um espaço que foi deixado pelo fim da série Crepúsculo e não conseguiu ser preenchido pelo filme A Hospedeira, também baseado em um livro da Stephen Meyer. (Aliás, A Hospedeira é para mim bem melhor do que qualquer filme da série Crepúsculo, por ser uma ficção científica que nos leva a questionar o sentido da humanidade, por nos confrontar com um planeta Terra dominado por alienígenas que parecem muito mais desenvolvidos moralmente do que nós, mas a moralidade sem humanidade é uma miséria!). Em Instrumentos Mortais – Cidade dos Ossos a mãe de Clary é sequestrada por demônios. “Quando sua mãe Jocelyn (Lena Headey) é atacada e levada de sua casa em Nova York por um demônio, Clary Fray (Lily Collins), uma garota aparentemente normal, sai em sua busca em uma Nova York cheia de demônios, magos, fadas, lobisomens e outros seres fantásticos. Para ajudá-la, Clary conta com os amigos Simon (Robert Sheehan) e o caçador de demônios Jace Wayland (Jamie Campbell Bower), mas acaba se envolvendo também em uma complicada paixão” (veja sinopse). Os demônios buscam o Cálice Mortal escondido pela mãe de Clary. No desdobrar do filme, Clary descobre também que sua vizinha Dorothea é uma bruxa, o amigo de sua mãe Luke é um lobisomem, e Magnus, o cliente que comprava os quadros de sua mãe é um poderoso feiticeiro que com um feitiço lhe bloqueara a memória, para que ela não se lembrasse de que ela não é uma garota tão normal quanto imaginava. Simon, seu melhor amigo, é capturado por vampiros. Fiquei esperando ele se transformar, mas isso, acho, vai ficar para a continuação da série. Para ler: BRAGA, João Ximenes. O Diabo é Pop. In: O GLOBO, 03/01/2001, segundo caderno p. 1 e 3. Disponível em: Acesso em: 14/03/2011. MUCHEMBLED, Robert. Uma História do Diabo: séculos XII – XX. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2001. PERETTI, Frank E. Este Mundo Tenebroso. 2ª Impressão. São Paulo: Editora Vida, Julho/1990. RIBEIRO JÚNIOR, João. A Face Humana do Diabo. São Paulo: Master Books, 1997. SCHULTZ, Aldino. Deus Está Presente – O Diabo Está No Meio: o protestantismo e as estruturas teológicas do imaginário religioso brasileiro. Tese de doutorado. São Leopoldo: EST, 2005.

sábado, 22 de junho de 2013

uma história sobre as possibilidades do ecumenismo


Conta-se que um jovem estudante de medicina, enfermagem ou alguma coisa afim teve que visitar um hospital psiquiátrico para um trabalho acadêmico. Após conhecer todos os cômodos e se inteirar de todo cotidiano do hospital, inquietou-se com o fato de haver tão poucos profissionais trabalhando ali ao passo que havia tantos pacientes. Incomodado perguntou a um faxineiro que fazia calmamente seu serviço pelos corredores: "Mas vocês aqui não tem medo de os internos se juntarem num motim e tomarem o hospital?" Ouviu a resposta: "Que nada, os doidos vivame cada um no seu mundo imaginário, ou seja, OS DOIDOS NUNCA SE JUNTAM".

terça-feira, 4 de junho de 2013

A Coragem de Ler: ou algumas palavras sobre mulheres


Cristo pregou o amor ao próximo, mas levou muito tempo para os cristãos perceberem que isso significa q nenhum homem pode escravizar outro. Os escravos eram considerados parte da família (Ef 5) mas ninguém Gostaria de ver um membro da família escravizado. Ler o Evangelho com coragem é extrair dele as consequências que outros não enxergaram. É necessário que passemos a entender que o anúncio do Evangelho de que todos são iguais perante Deus é que todos devem ser iguais também entre si. especificamente, gostaria de frisar, homens e mulheres são iguais perante Deus, e a Igreja tratá-los desigualmente é descumprir seu ministério de representar Deus. A Igreja Católica advoga haver sete sacramentos, mas necessita acrescentar como nota de rodapé que são sete para os homens e seis para mulheres, já que a mulher não pode receber a ordenação. Se os sacramentos são os dons de Deus para seu povo, como admitir que um desses dons seja negado a tão grande parcela do povo de Deus? Outras igrejas merecem a mesma crítica. Ainda precisamos entender que o Espírito Santo é derramado sobre "servos e servas" (Joel 2). No caso da igreja batista, a ordenação feminina ainda é um tabu. Temos apenas uma pastora em Fernando de Noronha, a descontento de muitos. Incoerente, porém, que enquanto muitos acham um absurdo a mulher ser pastora, mulheres ocupam cargos importantes na denominação batista. A professora Iracy Leite, por exemplo, além de ser por muitos anos diretora do Seminário de Educação Cristã (SEC) foi também mais de uma vez vice-presidente da convenção batista pernambucana. Uma mulher não pode assumir uma igrejinha no interior do estado mas pode ser vice-presidente de uma das convenções mais atuantes da denominação. Fico muito feliz, no entanto, pelo exemplo da Igreja Anglicana e da Igreja Metodista. Ler o Evangelho com coragem é também repensar as questões de gênero.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

OS DINOSSAUROS NÃO FORAM EXTINTOS


Quero apenas lembrar duas situações. A primeira vivida numa escola de Carpina, particular, localizada no Centro da cidade, na Praça central. Era uma escola de estrutura péssima. Todas as salas eram de meia-parede, de sorte que a coordenadora facilmente vigiava todos professores. Tinha o costume de sentar com os alunos em círculo para poder discutir os conteúdos e corrigir junto os exercícios. Logo fui alertado que as escola não permitia que os professores dessem aula sentados. O outro caso numa escola de Lagoa do Carro. Nessa escola propus fazer um evento: o Halloween. A diretora, muito religiosa, proibiu-me, imediatamente. Para ela, era coisa do demônio. Os dinossauros não foram extintos por um meteoro, permanecem na educação. A escola perdeu seu poder de promover o espírito crítico? Esse lugar antigamente dedicado a escola será ocupado pelos movimentos sociais e pelas redes sociais? Foi q propôs recentemente Marilena Chauí. Mas sinceramente não sei ainda a resposta.

sobre a obrigação de ir à igreja aos domingos


Fui hoje à igreja. Se eu amasse a Deus por medo Não precisaria de inferno Esse amor doentio já seria um inferno. Ainda bem mesmo os sermões mais longos terminam Fim de noite, li dois textos de Ricardo Gondim Achei tanta poesia na sinceridade dele q sosseguei como quem toma chá de maçã como canela. Os dois textos que li do Gondim gostaria de recomendar:Porque parti e Tempo de partir

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: UM CÃO EM MISSÃO CRISTÃ

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: UM CÃO EM MISSÃO CRISTÃ: Domingo de manhã nevava (meu tempo nos Estados Unidos se deu durante o inverno). Tão boa a experiência de ver a neve... e descobrir que ela... UM CÃO EM MISSÃO CRISTÃ . . . Domingo de manhã nevava (meu tempo nos Estados Unidos se deu durante o inverno). Tão boa a experiência de ver a neve... e descobrir que ela é bem diferente do gelo do congelador! Domingo de manhã era quando eu ia à Wittenberg Lutheran Church, localizada bem no centro do campus da Illinois State University, na cidade de Normal, cujos dormitórios (o Wright Hall) foram a minha casa em janeiro e fevereiro passados, quando estudei por lá. . . . Essa igreja luterana tem um ministério voltado para os estudantes universitários e, desde o primeiro e gélido domingo, eu conheci um membro bastante acolhedor da comunidade: o Zeke, esse cão bonito da foto. Foi como reencontrar um raio de sol e recuperar um pouco de calor (humano?!). Se, como já dizia o cartoon, "todos os cães vão para o céu" (você lembra do desenho?), então, quanto mais o Zeke aí - que é um cão luterano, né?! . . . Porque tem mais: ele é um "comfort pet", um cachorro para acompanhar aqueles que moram sozinhos e precisam de um pouco de alegria para enfrentar a solidão. Mas Zeke também visita orfanatos, hospitais de crianças com câncer e escolas, levando sua camaradagem à criançada. Aqui nesse site há mais informações sobre esse ministério "k-9 Comfort Dogs" da Lutheran Church Charities. Zeke é um verdadeiro missionário: um grande exemplo para nós, da alegria que contagia!

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: DEUS É INTER-RELIGIOSO?!

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO: DEUS É INTER-RELIGIOSO?!: Mais no blog: Ciências da religião e compaixão Paz entre religiões Tecendo diálogos Atividades de grupo de pesquisa Um dos palestrantes é meu amigo Érico Lustosa