terça-feira, 4 de junho de 2013

A Coragem de Ler: ou algumas palavras sobre mulheres


Cristo pregou o amor ao próximo, mas levou muito tempo para os cristãos perceberem que isso significa q nenhum homem pode escravizar outro. Os escravos eram considerados parte da família (Ef 5) mas ninguém Gostaria de ver um membro da família escravizado. Ler o Evangelho com coragem é extrair dele as consequências que outros não enxergaram. É necessário que passemos a entender que o anúncio do Evangelho de que todos são iguais perante Deus é que todos devem ser iguais também entre si. especificamente, gostaria de frisar, homens e mulheres são iguais perante Deus, e a Igreja tratá-los desigualmente é descumprir seu ministério de representar Deus. A Igreja Católica advoga haver sete sacramentos, mas necessita acrescentar como nota de rodapé que são sete para os homens e seis para mulheres, já que a mulher não pode receber a ordenação. Se os sacramentos são os dons de Deus para seu povo, como admitir que um desses dons seja negado a tão grande parcela do povo de Deus? Outras igrejas merecem a mesma crítica. Ainda precisamos entender que o Espírito Santo é derramado sobre "servos e servas" (Joel 2). No caso da igreja batista, a ordenação feminina ainda é um tabu. Temos apenas uma pastora em Fernando de Noronha, a descontento de muitos. Incoerente, porém, que enquanto muitos acham um absurdo a mulher ser pastora, mulheres ocupam cargos importantes na denominação batista. A professora Iracy Leite, por exemplo, além de ser por muitos anos diretora do Seminário de Educação Cristã (SEC) foi também mais de uma vez vice-presidente da convenção batista pernambucana. Uma mulher não pode assumir uma igrejinha no interior do estado mas pode ser vice-presidente de uma das convenções mais atuantes da denominação. Fico muito feliz, no entanto, pelo exemplo da Igreja Anglicana e da Igreja Metodista. Ler o Evangelho com coragem é também repensar as questões de gênero.

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